Quando falamos que Deus nos assiste em todos os nossos momentos, usamos esta linguagem como crentes em Cristo, embasados em uma cultura de dois milênios pelo menos e numa tradição cristã que nos acompanha desde que nascemos, nós os que temos a bênção de termos nascido em lares cristãos.
No entanto, não nos preocupamos muito em mostrar a verdade bíblica que está por trás desta expressão de fé e segurança que todo crente possui, ou deve possuir. Na realidade, usamos esta expressão de maneira genérica, muito amplamente, sem termos, às vezes, uma experiência real disto, da veracidade dela, em nossa vida ou nas daqueles que nos são próximas.
O que acontece com Jonas é um dos exemplos mais fidedignos desta individualidade da presença divina. Quando mencionamos a presença de Deus junto a nós, o fazemos dentro de um conceito de universalidade, afirmando que Deus está presente junto a todos aqueles que o buscam, e isto é verdade. No entanto, precisamos lembrar que isto é verdade mesmo, literal e absolutamente.
O Senhor estava ao lado de Jonas no meio do deserto. No meio da campina. Apenas Jonas estava ali. Não havia ninguém próximo. Apenas ele e sua solidão e sua angústia. Mas Deus veio e "sentou-se" ao lado dele. Talvez, tenha ficado olhando juntamente com ele para a cidade que não iria consumir. Talvez, tenha esperado que a lamentação de seu profeta mudasse, mas isto não aconteceu. Em face de sua ladainha, mais uma vez, o Senhor vai dizer para Jonas:
"Então perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira
por causa de uma aboboreira? Respondeu ele: É justo que eu me
enfade a ponto de desejar a morte." Jn 4.9
Realmente, parece-nos que não havia jeito. Jonas não entendera a parábola. Ele não via a lição encerrada na fábula que o Senhor montara apenas para ele. Mesmo teimoso e obcecado em suas convicções, Jonas merece a atenção do Senhor. Isto pode estar acontecendo comigo. E com você também.
Oração para o dia:
Torna-me, Senhor,
dócil à tua vontade. Que minha
arrogância e intransigência não
impeçam a tua obra em
meu coração.
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