Como ser orientado diretamente por Deus? (I)

Na caminhada com Deus encontramos várias pessoas, crentes ou não, que falam, pensam, crêem e agem de modo diferente ao nosso. Não são poucas as vezes em que somos abordados acerca de algum tema polêmico na fé que nos coloca questionamentos: o que devemos fazer quando surgem dúvidas?Onde devemos buscar a resposta?
A Palavra diz que o Espírito de Deus nos ensina toda a verdade (“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” João 14:26) e que Ele não é Deus de confusão, mas Deus de paz (“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso SENHOR Jesus Cristo.”1 Tessalonicenses 5:23; “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.” 1 Coríntios 14:33). É a Ele a quem devemos recorrer quando surgem questões que ainda são nebulosas ao nosso entendimento.
A priori, por amor, não recrimine quem crê ou faz as coisas de modo diferente ao seu, pois quando qualquer um de nós faz algo com amor ao Senhor (e Ele conhece as intenções do nosso coração) também o faz para a Sua glória. (“ORA, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas. Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes. O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu. Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio SENHOR ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar. Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o SENHOR não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.” Romanos 14:1 a 10).
Um dos primeiros impulsos é procurar pessoas que acreditamos conhecerem mais a Palavra do que nós ou que imaginamos estarem mais próximas de Deus. Aqui há um risco que precisa ser bem avaliado: não sabemos como anda a vida espiritual da pessoa a quem pedimos orientação e tampouco o que vai em seu íntimo. Ela até pode aparentar santidade, idoneidade, conhecimento, etc… mas isto definitivamente não é garantia de uma orientação eficaz, pois nem todo aquele que parece estar bem com Deus efetivamente o está, nem todo aquele que está na igreja já está convertido a Jesus. (“Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas” Romanos 9:6)
Outro ponto importante: Você responde por si mesmo (“Mas dizeis: Por que não levará o filho a iniqüidade do pai? Porque o filho procedeu com retidão e justiça, e guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso certamente viverá. A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.” Ezequiel 18:19 e 20; “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Romanos 14:12), por isso não embarque de cara naquilo que dizem.
Ter consciência e discernimento próprios é vital, pois responderemos diante de Deus sobre nós mesmos. Você até pode chegar às mesmas conclusões, mas certamente não aceitará sem pensar naquilo que lhe foi falado.
Convém lembrar que a forma bíblica básica escolhida pelo próprio Deus para nos orientar é pela pregação da Palavra (“Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” 1 Coríntios 1:21), inclusive este é um dos motivos pelos quais congregamos, ou seja, para ouvir a Palavra (“De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” Romanos 10:17).
Quando o pastor está falando a Palavra, Deus fala através dele ao nosso coração.
Faça como o povo de Beréia (“E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim. De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas da classe nobre, e não poucos homens.” Atos 17:10 e 12): confirme na Palavra aquilo que ouviu.
Não aceite cegamente a interpretação do homem. Ele pode até ser muito bem intencionado, mas, como todos nós, suscetível a emitir opiniões próprias fora das Escrituras: perfeita é só a Palavra.
Ore pedindo orientação a Deus sobre o assunto (“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.” Tiago 1:5), vá para a Palavra e encontre aquilo que ela diz.
Não aceite a conclusão de outra pessoa sobre a sua dúvida, aprenda a estudar a Palavra e concluir com o testemunho do Espírito Santo.
São os meus votos.
Em Nome de Jesus.
Mônica Gazzarrini

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Culto de Louvor e Adoração - 20/02/2022